Guilherme Gonçalves vence nas urnas distantes do centro e consolida força popular

Guilherme fala a apoiadores em caminhão em frente ao ginásio do Monstrinho, na noite de 6 de outubro de 2024. | Foto: Vinícius Gasparoto

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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz

Prefeito eleito de Ourinhos obtém vitórias expressivas em bairros periféricos, goleando os outros candidatos em colégios eleitorais do Itamaraty, Anchieta, Moraes e São Carlos.

As eleições de 2024 encerraram-se em Ourinhos, mas os números das zerésimas de cada urna (aquele extrato impresso ao final da votação) trazem recados importantes que merecem ser analisados. Com 27.721 votos, Guilherme Gonçalves (Podemos) conquistou expressivas vitórias em zonas eleitorais periféricas, como a Escola Jandira Lacerda Zanoni, no Jardim Itamaraty, no CAIC, no Jardim Anchieta, e na EMEF Paulo Freire, no Jardim São Carlos.

Guilherme votou logo pela manhã no CAIC, maior colégio eleitoral de Ourinhos.

No CAIC, maior colégio eleitoral da cidade e onde Guilherme vota, o prefeito eleito venceu com uma margem de 788 votos. A vitória foi ainda mais contundente no Jardim Itamaraty, com uma diferença de 805 votos. Gonçalves também conquistou vantagens expressivas nas escolas Virgínia Ramalho (+310), Nilce de Freitas (+421), Ary Corrêa (+257), Dalton Morato Villas Boas (+224) e Domingos Camerlingo Caló (+243). Sua derrota mais significativa foi no colégio Horácio Soares, com 103 votos de desvantagem.

Nas zonas eleitorais próximas ao centro, reduto da suposta “classe média e alta”, Caio Lima (PSD), candidato do atual prefeito Lucas Pocay, saiu vitorioso, mas com pequenas diferenças. Ele dominou nas urnas instaladas nos colégios COC Jean Piaget (+68), SESI (+37), Racanello (+43) e Fundação Miguel Mofarrej – Colégio Santo Antônio (+22). A única exceção entre as escolas periféricas foi a EMEI Vinícius de Moraes, no Jardim Ouro Fino, onde Caio venceu com 100 votos de vantagem.

Caio Lima venceu com o dobro de votos urna do Centro de Ressocialização (cadeia), e outros sete dos 31 colégios eleitorais de Ourinhos (25%). No total, o candidato do PSD somou 23.355 votos, equivalente a 41,98% do total de votos válidos.

Mário e Toninho somados não chegam a 10% dos votos válidos

Mário Ferreira, candidato pela Federação Rede/PSOL, terminou em terceiro lugar, com 3.258 votos (5,86% dos votos válidos). Seu desempenho foi inferior ao registrado em 2016, quando concorreu pelo PT. Os melhores desempenhos de Mário foram em redutos “classe média e alta”, como ETEC, Fundação Miguel Mofarrej – Colégio Santo Antonio e COC Jean Piaget. O único local onde Mário foi superado por Toninho do PT foi na Emef Paulo Freire, no Jardim São Carlos, por uma diferença de oito votos (14×22).

O ex-vereador Antônio Amaral Junior, o Toninho do PT, amargou o último lugar, com apenas 1.296 votos (2,33% dos votos válidos), menos até do que o candidato a vereador mais votado, Celinho (Podemos). O resultado deixa claro que Toninho não conseguiu mobilizar as classes C/D/E, que, segundo pesquisas, estariam mais favoráveis ao governo Lula devido aos recentes avanços econômicos e de geração de empregos.

Como bem ironizou um poeta local: “Se o homem do chapéu continuar no PT, na próxima eleição o partido vai acabar devendo votos para as urnas.”

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