A repercussão de matérias que circularam no jornal Caderno 360, Debate e Jornal Biz incomodou a empresa Ponte Branca Produção de Energia Elétrica, responsável pela construção de uma PCH – Pequena Central Hidrelétrica em Águas de Santa Bárbara.
A empresa diz que não promoveu desmatamento, mas “supressão de vegetação necessária à viabilização do empreendimento”. Da mesma forma, tem gente que chama “cozinha” de “espaço gourmet”, mesmo que signifiquem a mesma coisa.
A empresa pediu direito de resposta e ameaçou de processo judicial dois jornais da região, o Debate e o Caderno 360, que há anos acompanham e divulgam o andamento do processo movido pela ONG Rio Pardo e as campanhas de conscientização que vem sendo realizadas. A alegação é de que as reportagens contêm “equívocos” e “podem levar a empresa a ter prejuízos econômicos”. Os dois jornais decidiram não atender ao pedido de “direito de resposta”,e informam que mantém todas as informações já publicadas. Apesar da tentativa de intimidação, um laudo pericial do Ministério Público sustenta que a obra pode acarretar danos irreversíveis ao meio ambiente, como tem mostrado a ONG Rio Pardo e a imprensa regional.
A matéria publicada pelo Jornal Biz no dia 22 de maio trouxe um resumo do conflito sobre a construção de hidrelétricas no rio Pardo, e teve quase 8 mil visualizações e mais de 100 compartilhamentos.
Apesar de a hidrelétrica estar sendo construída em Águas de Santa Bárbara, os problemas acarretados pela obra vão impactar todos os municípios banhados pelo rio Pardo. Em Santa Cruz do Rio Pardo, por exemplo, a Sabesp descobriu que a água do rio já mudou de acidez e turbidez, segundo matéria divulgada no Debate do último domingo. Vamos sentir isso em Ourinhos também.
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