Demissão de médico do SAMU de Ourinhos gera revolta e indignação

À esquerda o Dr. Caio Fernandes, à direita o ex-secretário de governo Caio Lima e o prefeito Lucas Pocay. | Imagens: reprodução redes sociais

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por Bernardo Fellipe Seixas / Jornal Biz

Dr. Caio Fernandes alega ter sido demitido por perseguição política, devido à sua amizade com Alexandre Zóio, vice do pré-candidato a prefeito Guilherme Gonçalves

Após a demissão do médico Dr. Caio Fernandes da equipe do SAMU de Ourinhos, a população iniciou a semana em um cenário de revolta e consternação. Fernandes, que atuava na ambulância de urgência e emergência, publicou uma mensagem em suas redes sociais no último sábado (29) informando sobre o seu desligamento, alegando ter sido vítima de perseguição política.

Segundo o médico, sua amizade de mais de 30 anos com o pré-candidato a vice-prefeito Alexandre Araújo Dauage, o Zóio, teria sido o motivo de sua demissão. Em sua postagem, Fernandes agradeceu à coordenação e à equipe do SAMU, afirmando ter realizado um trabalho dedicado e de qualidade durante sua trajetória na instituição.

Zóio, por sua vez, manifestou-se em vídeo nas redes sociais expressando tristeza e indignação com a situação. O pré-candidato a vice-prefeito ressaltou que Caio Fernandes é uma “grande pessoa” e um “excelente médico”, muito querido pelos pacientes e colegas de profissão. Ele ainda criticou a perseguição política promovida pelo grupo da atual gestão, e afirmou que esse tipo de “politicagem suja” em Ourinhos “está com os dias contados”.

A demissão de Caio Fernandes do SAMU é vista pela população como um prejuízo para a cidade, uma vez que o médico é muito elogiado e respeitado por sua atuação profissional na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Ourinhos e no SAMU. A situação expõe um recorrente cenário de perseguição política pela atual gestão, com consequências que afetam diretamente a prestação de serviços públicos essenciais à comunidade.

Centenas de pessoas deixaram comentários na publicação, como a escrevente notarial Isis Abucham Ferreira Breve. “Você é um excelente médico. Salvou minha vida quando precisei”. Já a enfermeira Andressa Araújo, resumiu seu sentimento em duas palavras: “Politicagem nojenta!”. O médico cardiologista Dr. Evandro Nunes condenou a perseguição política na cidade. “Uma atitude covarde e inconsequente. A população de Ourinhos perdeu esse profissional ímpar por questões políticas!” O advogado Renato Hernandes também demonstrou indignação com o caso: “Infelizmente é assim que a atual gestão municipal trabalha! Não importa a capacidade do profissional, mas se ele traz alguma vantagem para a administração”. O cardiologista Dr. Mário Cury também se solidarizou com o companheiro de profissão: “O SAMU e Ourinhos saem perdendo, por questões políticas mesquinhas, abrir mão de um médico competente e especializado”.

Caio Fernandes nasceu em Ourinhos, tem 40 anos e, antes de se formar em Medicina, na Unoeste de Presidente Prudente, concluiu os cursos de Fisioterapia e Educação Física na Universidade Estadual do Norte Pioneiro (UENP). De 2008 a 2011 atuou no projeto de Equoterapia da APAE de Ourinhos, atendeu por três anos na UBS Cohab e, desde 2021 trabalha na UTI da Santa Casa de Ourinhos. Caio fez residência em Clínica médica na Santa Casa de Ourinhos, e Endocrinologia e Metabologia na PUC de Sorocaba.

Clique para ver a publicação original no Instagram.

Até o momento, o prefeito Lucas Pocay não se pronunciou sobre o caso. A Samais, empresa terceirizada que administra o SAMU, divulgou em seu Instagram uma nota de esclarecimento. Ela argumenta que “a contratação e dispensa de profissionais do SAMU é feita com base em critérios técnicos e operacionais”.

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  • VOCÊ SABIA: Após divergências políticas do prefeito Lucas Pocay com a União dos Municípios da Média Sorocabana (Ummes), em setembro de 2023, o SAMU de Ourinhos passou a ser administrado por uma empresa terceirizada, a Samais Gestão em Saúde Ltda, com sede em Londrina/PR. O desacordo de Pocay com a Ummes, entidade que reune 19 municípios da região, fez com que o gasto da prefeitura com o SAMU aumentasse em R$210 mil por mês.

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