Capitão Augusto: O deputado inimigo dos animais 

Imagem gerada pelo Jornal Biz a partir de ferramentas de IA.

por Bernardo Fellipe Seixas

Ao tentar legalizar exploração de animais em circos, deputado bolsonarista espelha o tratamento que políticos dão ao povo brasileiro no Congresso Nacional, um verdadeiro circo de horrores.

Em um momento em que a sociedade avança na conscientização sobre os direitos dos animais e na luta contra a crueldade, o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) emerge como um símbolo do retrocesso. Autointitulado “patrono dos rodeios“, o parlamentar propôs o projeto de lei nº 100/2025, que busca legalizar a exploração de animais em circos no Brasil. A proposta, disfarçada sob o argumento de uma “regulamentação responsável”, é um ataque direto às conquistas históricas dos últimos 20 anos de movimentos de proteção animal e uma afronta à ciência, que já comprovou a senciência e a complexidade emocional dos animais.




No entanto, a ironia não para aí. A forma como Capitão Augusto trata os animais reflete, de maneira perturbadora, o tratamento que muitos deputados e senadores dão ao povo brasileiro no Congresso Nacional. Enquanto os animais são submetidos a jaulas, chicotadas e treinamentos brutais, o povo é confinado em um sistema político que prioriza interesses privados em detrimento das necessidades básicas da população. O Congresso, hoje, é um circo de horrores onde a dignidade humana é pisoteada, e o deputado parece querer estender essa lógica aos animais.

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A crueldade escondida sob as lonas dos circos

A história dos animais em circos é marcada por séculos de sofrimento e exploração. Elefantes, tigres, macacos, leões e ursos eram submetidos a condições degradantes: confinados em jaulas minúsculas, privados de suas necessidades básicas e forçados a executar truques antinaturais sob ameaças e violência. Treinamentos brutais envolviam chicotadas, choques elétricos e privação de alimento para quebrar o espírito desses seres e transformá-los em marionetes para o entretenimento humano.

No Brasil, a prática foi gradualmente extinta nos últimos 20 anos graças à pressão de ativistas e à criação de leis municipais e estaduais que proibiram o uso de animais em circos. Hoje, a ideia de ver um elefante equilibrando-se em uma bola ou um tigre pulando através de aros de fogo parece anacrônica e cruel. No entanto, a iniciativa do deputado bolsonarista ameaça reabrir essa ferida, ignorando décadas de avanços e o consenso científico de que animais são seres capazes de sentir dor, medo e estresse.

Um deputado contra os animais e contra o povo

A insensibilidade de Capitão Augusto não se limita aos animais. Recentemente, o deputado votou contra uma proposta do Governo Federal que visava acabar com os impostos sobre produtos da cesta básica, medida que traria alívio imediato para os bolsos de milhões de brasileiros. Sua escolha de priorizar os interesses de bancadas poderosas, como a do agronegócio e da indústria armamentista, em detrimento das necessidades básicas da população, revela um padrão preocupante: um parlamentar que não apenas ignora o sofrimento animal, mas também fecha os olhos para o drama humano.

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Um retrocesso que não podemos permitir

O PL nº 100/2025 não é apenas um ataque aos animais; é um golpe contra a ética, a ciência e a compaixão. Reabrir as portas para a exploração animal em circos seria um retrocesso inaceitável em um país que já deu passos significativos na direção de um tratamento mais respeitoso para com os animais.

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O deputado federal Capitão Augusto, com suas propostas retrógradas e sua insensibilidade diante do sofrimento alheio, personifica tudo o que há de mau e errado na política brasileira. É nosso dever, como sociedade, rejeitar veementemente suas ideias e lutar por um futuro onde os animais não sejam vistos como objetos de entretenimento e o povo não seja tratado como refém de um sistema político falido.

Enquanto o deputado busca o título de “inimigo nº 1 dos animais“, cabe a nós, humanos conscientes, garantirmos que sua visão distópica nunca se torne realidade. A luta pelos direitos dos animais e pela dignidade humana deve continuar, sem espaço para retrocessos ou crueldades. O circo dos horrores já dura tempo demais.

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