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por Bernardo Fellipe Seixas | Jornal Biz
Apesar do triste recorde, a cidade deu 56,7% de votos a Jair Bolsonaro no primeiro turno
O portal de notícias Metrópoles publicou na última sexta-feira (7) um levantamento que coloca Ourinhos dentre as 100 cidades brasileiras com recorde de mortalidade durante a pandemia do coronavírus. Foram considerados os municípios com população acima de 20 mil habitantes.
Das 100 cidades brasileiras com maiores taxas de morte pela Covid-19 durante a pandemia, 87 deram mais votos a Jair Bolsonaro (PL) do que a Lula (PT) no primeiro turno das eleições. Com 113.542 habitantes, Ourinhos deu 56,7% de votos a Bolsonaro, e 35,62 a Lula. No levantamento, Ourinhos aparece na 91º colocação, ficando à frente até de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, que tem quase 900 mil habitantes.
O levantamento cruzou os votos que 100 cidades brasileiras deram ao atual Presidente no primeiro turno das eleições com o rastro de morte deixado pela pandemia. Das dez primeiras cidades com o maior número de mortes a cada 100 mil habitantes, Bolsonaro venceu em oito.
O levantamento foi feito com dados de 27 de julho, quando Ourinhos computava 585 óbitos por Covid. O último boletim divulgado pela Prefeitura, em 3 de outubro, aponta 594 mortes. Os dados da votação são do Tribunal Superior Eleitoral.
No recorte populacional, das 30 cidades com mais de 100 mil habitantes que aparecem no levantamento, Bolsonaro vence em 28. Lula aparece na frente apenas em Niterói (RJ) e Ituiutaba (MG).
Não deixa de ser uma contradição o fato de que a omissão do governo Bolsonaro, como a demora no início da vacinação, o descrédito com relação à eficácia da vacina e o próprio descaso com as mortes de milhares de brasileiros, contribuiu para o maior número de mortes. O próprio Bolsonaro disse não ter se vacinado, e menosprezou o imunizante da Pfizer: ‘Se você virar um jacaré, é problema seu’, declarou em dezembro de 2020.
Em Ourinhos como em outros municípios citados na pesquisa, o discurso negacionista do presidente pode ter causado mortes provocadas pela recusa em aceitar a vacina, o uso de máscaras e o incentivo ao desrespeito de normas simples, como evitar aglomerações.
O prefeito Lucas Pocay (PSD) usou a pandemia para valorizar as medidas tomadas por seu governo, como a instalação do Hospital Covid. Apesar das propagandas, a iniciativa não evitou que a cidade constasse na lista dos 100 municípios brasileiros com recorde de mortes na pandemia.
Resta saber se no momento em que o país vivencia as eleições mais importantes das últimas décadas, os números publicados no levantamento irão sensibilizar ou não os eleitores ourinhenses.
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