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por Equipe Biz
Somamos quinhentos mortos em Ourinhos durante a pandemia do coronavírus. Quinhentas famílias foram destroçadas, outras tantas estão sofrendo com a perda ou diminuição dos negócios. As marcas da tragédia estão por toda parte: são centenas os imóveis comerciais vazios, as crianças ficaram fora das escolas por mais de um ano, vivemos colapso no sistema de saúde e até no funerário.
Ourinhos esteve nas estatísticas das cidades com maior número de mortos da região, e cumprimos mal as regras recomendadas para o isolamento social. Mesmo durante o período mais difícil da pandemia, era comum ver pessoas aglomeradas e sem máscara pelas ruas.
Muitos não fizeram isolamento porque continuaram trabalhando, sem outra opção. O transporte público lotado levou o vírus de um local para outro. Para muitas famílias, a casa virou refúgio e local de trabalho, mas outras estão sofrendo com a diminuição do poder aquisitivo. Numa volta ao centro da cidade é fácil constatar o aumento no número de moradores de rua.
O boletim Coronavírus emitido pela Prefeitura atesta que os números de contaminados estão diminuindo, e finalmente estamos saindo da marca de 100% de leitos de UTI ocupados. O mês de julho registrou 62% menos mortes do que junho, mas mesmo assim foram 40 vidas perdidas em 30 dias. A vacinação não tem o ritmo necessário para brecar mais rapidamente a disseminação do vírus, mas está caminhando.
O que podemos concluir quando os números marcam que 500 ourinhenses morreram vítimas desta epidemia? Acompanhando o noticiário político, percebe-se que o governo federal não teve vontade nem agilidade para adquirir as vacinas que poderiam ter salvado tantas vidas. Protelaram, tentaram vantagens pessoais, corromperam, e enquanto isso, milhares de pessoas morreram.
Em Ourinhos, a pandemia foi explorada politicamente pelo prefeito Lucas Pocay (PSD), que em inúmeras ocasiões se vangloriou de ter criado um hospital de campanha e o elevado número de doentes atendidos. Melhor seria ter sido firme em exigir medidas de isolamento social, que evitaria o grande número de contaminados e mortos. Poderia ter fiscalizado, mas também não o fez. Tampouco foi solidário com o elevado número de mortos na cidade. As informações sobre a pandemia foram divulgadas incompletas, numa clara tentativa de ocultação de dados.
Apesar de todas as dificuldades, um novo cenário parece despontar, com a possibilidade de diminuição radical dos contaminados, volta às aulas, atividades culturais e de lazer e comerciais. Talvez possamos tirar lições desta experiência difícil, percebendo melhor as manipulações políticas e sendo mais solidários entre nós.
O Jornal Biz se solidariza com todas as famílias que perderam entes queridos, desejando força e coragem para seguir em frente.
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