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por Bernardo Fellipe Seixas
Conflito na Assembleia do Moradas Clube levanta questões sobre administração e inadimplência de conta condominal
A Assembleia Geral Extraordinária do Condomínio Moradas Clube, realizada na última segunda-feira (2), gerou um tumulto que ainda provoca debates acalorados. A cobertura do Jornal Biz, publicada ontem (3), destacou reclamações de moradores sobre a gestão do Residencial e a condução do evento.
A síndica Daiana C.D.S. e o morador Pedro Henrique V., dois dos protagonistas do episódio, se manifestaram ao Jornal Biz para contestar as acusações. Em uma mensagem publicada em um grupo de WhatsApp do condomínio, Daiana lamentou: “Nunca imaginei que nosso condomínio chegaria a um nível tão baixo, com gritos e acusações. Isso levou os advogados presentes a sugerirem o cancelamento da reunião”.
Segundo Daiana, a Assembleia seguiu todas as normas: O condômino com procuração de 22 moradores chegou antes do horário estipulado para a assinatura da lista de presença, mas a confusão impediu a conclusão desse processo. “Ele foi impedido de finalizar as assinaturas devido ao tumulto”, explicou.
A síndica criticou o desperdício de recursos do condomínio em uma Assembleia sem resultados: “Aproximadamente mil e duzentos reais foram jogados fora por causa de uma minoria que só compareceu para causar confusão, sem sequer ter a capacidade de renegociar suas taxas condominiais e estarem aptas ao voto, preferindo, ao invés disso, fomentar teorias da conspiração e conflitos. Dinheiro esse que poderia ter sido investido em melhorias para o condomínio, como, por exemplo, poderia ser usado para restaurar o campo de futebol, e foram desperdiçados”. A síndica também ressaltou que foi “reiteradamente intimidada e ameaçada por um outro candidato, para que desistisse da candidatura”.
O morador Pedro Henrique V., que era candidato a subsíndico e foi designado pela síndica para presidir a Assembleia, também defendeu sua posição. Em contato com a reportagem, ele refutou as acusações: “A convenção permite que condôminos sejam representados por procuração específica. Cheguei no horário estipulado e apresentei as procurações, que foram conferidas. A partir daí, assinei em frente aos nomes dos representados”. Ele ainda destacou: “O assistente do escritório considerou que seria melhor que eu ocupasse a posição na mesa e iniciasse os trabalhos, para evitar qualquer embaraço devido ao atraso, considerando que neste condomínio qualquer pequeno detalhe pode ser motivo de reclamação”.
Pedro reafirmou que não houve qualquer fraude, destacando que, como presidente da Assembleia, tinha autonomia para encerrar o evento. “Após a discussão, decidi encerrar a assembleia, pois não havia proposta de acordo”. O morador declarou ao Jornal Biz que não será mais candidato a subsíndico na próxima Assembléia, agendada para a próxima semana.
Alta inadimplência afeta gestão do condomínio
Conforme nota da síndica enviada ao Jornal Biz, a inadimplência das taxas condominiais já ultrapassa R$ 400 mil. “Esse quadro compromete a capacidade de honrar compromissos financeiros essenciais, como pagamento de fornecedores e manutenção”.
Dívida significativa com a SAE
O Jornal Biz confirmou que a dívida de quase R$ 305 mil com a antiga Superintendência de Água e Esgoto (SAE) foi parcelada para pagamento até setembro de 2028. Uma fonte anônima revelou que o remanejamento de recursos do pagamento das contas de água foi necessário para evitar o colapso das atividades do residencial. Essa escolha, priorizando o pagamento a fornecedores de serviços como segurança e jardinagem, gerou críticas entre moradores.
Nova Assembléia tem data definida | A administração do Condomínio Moradas Clube Ourinhos já programou para o próximo dia 12, no Salão de Festas, uma nova Assembléia Geral Extraordinária. A primeira convocação está marcada para às 19, e a segunda às 19h30.
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