Saúde: Iamspe de Ourinhos não realiza nem exame de Raio X

Funcionários públicos estaduais atendidos pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) não estão conseguindo realizar exames através do convênio em Ourinhos. Desde o ano passado a Santa Casa de Ourinhos, que realizava exames de imagem através da Clinimagem, não presta mais atendimento. De início os usuários foram encaminhados para a Santa Casa de Santa Cruz do Rio Pardo, que agora também não está atendendo aos pedidos.

Para o funcionário público, as dificuldades são muitas: Para uma consulta com especialista muitas vezes o usuário precisa ir até Marília ou Presidente Prudente, já que são poucos os médicos credenciados na cidade. Se já estava difícil conseguir uma consulta, para realizar um simples exame de Raio X agora o funcionário do Estado precisa pagar.

Funcionários públicos do Estado sofrem com governo de Geraldo Alckmin. | Foto: Evando Moreira

Jornal Biz entrou em contato com o setor de raio x da Santa Casa de Santa Cruz do Rio Pardo, e recebeu a informação que, talvez, o serviço esteja normalizado a partir de março. Segundo L.M.N., professora aposentada, o número de médicos credenciados para atendimento em Ourinhos diminuiu radicalmente nos últimos anos.

“Apesar da maioria dos professores ser do sexo feminino, só há um ginecologista em toda a região. Pagamos o convênio (IAMSPE) TODO MÊS, e quando precisamos de atendimento, temos que pagar uma consulta particular. É um desrespeito”, reclama.

O Iamspe atende (ou deveria atender) cerca de 20 mil usuários em Ourinhos, entre agregados e dependentes, e a cidade consta com um escritório de representação.  Funcionários públicos reclamam de falta de informações quando procuram por exames ou consultas. O telefone da Ouvidoria do Iamspe em São Paulo não atende. A única funcionária do escritório em Ourinhos não sabe os motivos que levaram as Santas Casas de Ourinhos e Santa Cruz a não mais atender pedidos de exame encaminhados pelo Iamspe, nem quando poderão retornar.

Além dos baixos salários e de estarem sem reajuste há anos, policiais e professores do Estado agora convivem com a precariedade do atendimento médico oferecido pelo Iamspe.

Segundo informações de funcionários das clínicas que realizavam exames de imagem pelo convênio, os constantes atrasos no pagamento dos serviços e falta de reajuste dos valores provocaram a decisão de não mais atender aos pedidos encaminhados através do Iamspe.

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